data-filename="retriever" style="width: 100%;">
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: arquivo pessoal
Ônibus da linha Carolina que circulou na Zona Norte na manhã desta quarta-feira
Passageiros do transporte coletivo registraram, na manhã desta quarta-feira, mais um caso de lotação de ônibus em Santa Maria, com pessoas em pé e sentadas. Desta vez, teria ocorrido na linha Carolina, no veículo número 2108, que começou a circular por volta de 6h30min. Na cidade, o decreto municipal estabelece que, durante a pandemia de coronavírus, a capacidade máxima de cada ônibus equivale ao número de assentos, ou seja, o transporte de passageiros em pé está proibido.
Em contato com o Diário, um usuário que utilizou o itinerário afirmou que não é a primeira vez que o ônibus circula com pessoas em pé durante a pandemia. Ele reclama ainda que motorista e cobrador não pedem a identificação dos passageiros.
- A empresa deveria colocar outro ônibus para rodar antes, pois o primeiro horário é às 6h30min. Muitos trabalhadores utilizam o ônibus nesse horário todos os dias. E essa superlotação não é fato isolado, pois em horários de pico eles lotam sempre, inclusive com idosos em pé. Minha cunhada utiliza a linha Salgado Filho na Zona Norte e acontece o mesmo de manhã cedo - relata o usuário do transporte coletivo que prefere não se identificar.
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O diretor da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de Santa Maria, Edmilson Gabardo, diz que a população não tem respeitado o regramento municipal, pelo qual só podem utilizar o transporte coletivo passageiros ligados aos serviços essenciais e idosos que apresentem a carteira do SUS. Conforme o dirigente, a moderação cabe aos motoristas e cobradores:
- A ordem que passamos aos nossos profissionais é que ninguém pode ficar em pé. Porém, os usuários querem correr o risco. O motorista não vai chamar a polícia por causa de dois ou três irresponsáveis que não deveriam utilizar o ônibus. Isso atrasaria a vida de todos os outros passageiros. Os motoristas e cobradores são os mais vulneráveis, a saúde deles também está em risco. Eles não conseguem ficar a dois metros dos passageiros - explica o diretor da ATU.
Gabardo também mostra preocupação com o número de idosos que utilizam, diariamente, os ônibus. Segundo ele, na terça-feira, 1,4 mil idosos viajaram de transporte coletivo em Santa Maria.
- Esse número conta somente os idosos que passaram a roleta. Tem os que só se identificam e não passam a roleta. Se somarmos esses também, com certeza, concluiríamos que 2 mil idosos andaram de ônibus ontem (terça-feira) - indigna-se.
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O QUE DIZ A PREFEITURA
Na semana passada, a prefeitura notificou uma empresa que integra a ATU por conta de um veículo da linha Caturrita que transitou com excesso de passageiros. O Executivo informa que também tem recebido denúncias sobre situações irregulares e que há cinco equipes de fiscais abordando ônibus nos principais itinerários.
No começo deste mês, um veículo da linha Caturrita transitou com excesso de passageiros. "A prefeitura tem acesso a todo o carregamento do transporte coletivo, tomando conhecimento de quantas pessoas ingressaram e deixaram um veículo específico, por exemplo, em uma determinada rota. Dessa forma, é possível verificar irregularidades" diz a resposta enviada ao Diário.
De acordo com informação da prefeitura, muitas vezes, as denuncias não se confirmam. Ainda segundo o poder público municipal, "acontece de haver passageiros que preferem transitar em pé, por motivos diversos, apesar de existirem assentos disponíveis".